segunda-feira, 7 de março de 2011

A BITTERSWEET LIFE

Nome: A Bittersweet Life

Diretor: Kim Ji-woon
Roteiro: Kim Ji-woon
Elenco: Lee Byeong-Heon, Sin Min-ah, Kim Young-cheol
Ano: 2005
Duração: 120 minutos
Idioma: Coreano
País: Coréia do Sul
Gênero: Ação
Sinopse:
Sun-woo é o homem de confiança de um poderoso chefão da máfia, Kang. Sua nova missão é vigiar a jovem namorada de Kang para descobrir se ela tem um amante e, se confirmado, assassinar o casal. Quando ele finalmente encontra a garota com outro homem, ao invés de matá-los, Sun-woo resolve ajudar os dois a fugir do mafioso, em uma atitude inesperada e incoerente com sua reputação de assassino frio.




Trailer:




 A Bittersweet Life: Audacioso, Poderoso e Inesquecível.
Uma das obras-primas sul-coreanas.



O diretor Kim Ji-woon nos presenteia com um filme que transita por todos os segmentos, sem perder o tom e a seriedade gerados e demonstrados durante as quase duas horas de duração.

A Bittersweet Life é o típico filme que representa essa nova leva de filmes sul-coreanos da última década. Ele é poderoso em sua trama, é desenvolvido em torno de um trágico protagonista e não se prende a clichês e mais do mesmo ao contar um tipo de história que poderia facilmente cair na mesmice e em um interminável conto de vingança que vemos estrear todas as semanas.

Mas não, o ousado cinema coreano que tanto nos conquistou nesses últimos anos nos responderia com A Bittersweet Life o porquê de sermos vidrados nessas malucas e sinceras histórias desse país oriental.

Uma das cenas em que a nossa visão é por cima do ombro de Sun-woo. Sensacional.

A história a primeira vista não parece ser muito complicada. Sun-woo é uma espécie de "executor" para um chefão da máfia. Ele é adorado e admirado por nunca falhar e por nunca fazer perguntas. Logo no início temos uma demonstração da força e destreza de Sun-woo em lidar com seus inimigos, do jeito que todos esperamos de um protagonista de um filme de ação. Na base da porrada.


Até que um belo dia, o chefão de Sun-woo, Sr. Kang, ordena que ele vigie a sua nova e jovem namorada, suspeitando de que ela possa estar o traindo com um homem mais novo. Caso a traição se confirme, Sun-woo deveria eliminá-los imediatamente.

Quando Sun-woo passa a observar a moça, involuntariamente e sem ao menos perceber, ele começa a se apaixonar por ela. Sentimento que ele considerava inexistir em si. É aí que os problemas para o nosso anti-herói começam a acontecer, principalmente quando a suspeita de traição da jovem é confirmada por Sun-woo e ele pela primeira vez na sua vida decide tomar uma decisão por si só, poupando a vida da menina, e consequentemente engatilhando a ira da máfia.



Como a própria tradução do filme já diz, Sun-woo experimenta uma vida agridoce. Mais para amarga do que para doce, diga-se de passagem. Ele é a personificação daquela pessoa acomodada, que acha que já tem tudo na vida, sem ambições e que só faz aquilo que é mandado, nunca saindo da sua zona de conforto.

E como se faz para as pessoas com essa mentalidade perceberem o tanto que estão perdendo e o quanto de potencial está sendo desperdiçado?
Dando uma pequena prova, uma espécie de aperitivo, daquilo que eles nunca sonharam em ter.
Apenas uma faísca da possibilidade do impossível faz com que o antes inimaginável torne-se o maior dos sonhos daquele que antes não sonhava.

O contraste da "dolce vita" de Sun-woo.

Numa noite de outono, o discípulo acordou chorando. Então o mestre perguntou:

- Você teve um pesadelo?
- Não. - Respondeu o discípulo.
- Você teve um sonho triste?
- Não... - disse o discípulo -... Eu tive um sonho doce.
- Então, por que você está chorando tão tristemente?
O discípulo respondeu calmamente, enquanto enxugava suas lágrimas:
- Porque o sonho que eu tive, nunca poderá se realizar.

COMPRE:

2 comentários:

  1. Uma das obras primas da década passada, não só do cinema Sul-coreano. Espero que Kim Ji-woon e Lee Byung-hun continuem a parceria por muitos filmes. Sensacional!

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  2. Este deixou-me curiosa. Já tinha visto o "I Saw The Devil" e outros filmes do Kim Ji-woon. Promete.

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