segunda-feira, 14 de março de 2011

A BAREFOOT DREAM

Nome: A Barefoot Dream

Diretor: Kim Tae-gyoon
Roteiro: Kim Kwang-hoon, Tetsuya Oishi
Elenco: Park Hee-soon, Ko Chang-seok
Ano: 2010
Duração: 121 minutos
Idioma: Coreano
País: Coréia do Sul
Gênero: Drama/Esporte
Sinopse:
Após inúmeros fracassos nos negócios, um ex-jogador de futebol viaja para o Timor-Leste e acaba por enxergar uma oportunidade em treinar as crianças locais, mudando a sua vida para sempre.






Trailer:



 A Barefoot Dream? Que Golaço.


Filmes sobre futebol são um caso interessante no mundo do cinema. Desafio a me citar um filme sobre o tema e que a sua qualidade seja incontestável. Enquanto os de Basquete, Futebol Americano, Baseball tem aos montes, o esporte mais popular do mundo não havia conseguido ser representado de maneira correta. Sorte a nossa, amantes do mundo da bola, que "A Barefoot Dream" apareceu e deu um chapéu em todos os filmes existentes no gênero. Não é a toa que foi a indicação coreana para tentar concorrer ao Oscar.


O filme mostra a trajetória (REAL) de um ex-jogador de futebol sul-coreano chamado Kim Won-gwan, que após a aposentadoria dos gramados, faz de tudo para enriquecer, nem que seja na base de trambiques. Mas digamos que ele não é um cara dos mais espertos, o que faz com que ele acabe sendo passado para trás. E é em uma dessas situações que ele vai parar no Timor-Leste, que esta em meio às guerras civis.


Já no Timor-Leste, Kim se depara com uma realidade assustadora, rodeado por pobreza e sofrimento. Sofrimento esse, que as crianças esqueciam quando jogavam uma boa partidinha de futebol. A conhecida "pelada". Mas não foi só isso que ele percebeu não. Kim também notou que todas as crianças jogavam de pés descalços (daí o nome do filme) e que aí existia uma excelente, na cabeça dele, oportunidade de negócio. Ele montaria a seguir uma loja de equipamentos esportivos, como chuteira, uniforme, bola, etc..

Tudo pronto pra decolar, já que não existia concorrência no segmento. Entretanto, tinha algo que Kim não havia pensado. Ninguém tem condições de arcar com os custos de uma chuteira. Transformando a sua estimada lojinha a começar a contagem regressiva para a falência.



Desesperado, Kim resolve emprestar as chuteiras para os garotos, com a condição de que eles pagassem um dólar por dia, até completar o valor total. No início vai tudo bem, até que os jovens começam a não ter mais condições de pagar o valor combinado, causando aí o inicio da mudança na vida de nosso "empresário" coreano. Sensibilizado com a situação dos meninos, cuja única alegria era calçar as chuteiras e bater bola com os amigos, Kim resolve "doar" as chuteiras e uniformes para os garotos e passa a treiná-los, com o objetivo de proporcionar uma chance de uma vida melhor para os jovens talentos.

Meninos pobres e futebol como única esperança de um futuro melhor. Lembra algum país?

A Barefoot Dream acaba por ser não só um retrato do que acontece no Timor-Leste, mas também uma imagem de todos os jovens pobres e miseráveis do mundo afora que não tem nem o que comer, porém sempre pode contar com a esperança de um dia ser descoberto por algum grande time e ver a sua vida e a de sua família mudar como em um passe de mágica.

Mas o filme não se trata apenas do drama não, tem bastantes cenas, e bem feitas, de futebol. A criançada joga bem, algo raro nos filmes, nos quais geralmente colocam algum cara sem a mínima habilidade futebolística para atuar como um craque da bola. Nesse ponto o filme não peca, ainda bem.



 Te faz vibrar, chorar, torcer, rir e querer rever. Para Barefoot Dream eu não tiro o chapéu, eu tiro os tênis.

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