sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BARAMUI FIGHTER

Nome: Baramui Fighter

Diretor: Yang Yoon-ho
Roteiro: Yang Yoon-ho
Elenco: Yang Dong-geun, Jeong Doo-hong, Jeong Tae-woo
Ano: 2004
Duração: 120 minutos
Idioma: Coreano  
País: Coréia do Sul
Gênero: Ação/Artes Marciais/Drama
Sinopse:
Choi Bae-dal é um jovem coreano que perto do final da Segunda Grande Guerra, chega ao Japão com o desejo de ser um piloto de caça. Porém, a discriminação e o final da guerra, colocam um ponto final em seus sonhos, e assim, acaba nas ruas com seus amigos imigrantes coreanos, todos tentando sobreviver. Após ser humilhado e desonrado pela Yakusa e por Kato, um oficial do exército japonês e mestre do Karate, Choi é socorrido por Bum soo, um velho amigo e mentor, que lhe apresenta os ensinamentos do Karate japonês.


Trailer:




A história do fundador do Karate Kyokushin


Baramui Fighter, ou The Fighter of the Wind, como também é conhecido, segue a risca de como se fazer um filme de artes marciais sem precisar apelar para ação pura e descerebrada, tanto visto em filmes do gênero.

Acompanhamos a saga de Choi Bae-dal, humilde coreano que chega, clandestinamente, ao Japão com o objetivo de se tornar um piloto de caça. Porém, Bae-dal sofre na pele o preconceito de ser estrangeiro em uma época de devastação japonesa, já que a história se passa logo após o final da segunda guerra mundial. E todos sabemos como ela terminou para o lado nipônico.

Após terminado o seu sonho de ser piloto, Choi Bae-dal passa a viver de "bicos" para conseguir o pão de cada dia. Tais trabalhos acabam colocando-o no caminho da conhecida e temível Yakusa. Após uma surra levada, Choi é socorrido por um antigo amigo e mestre karate chamado Bum soo, que lhe dá abrigo e que também passa a treiná-lo.

Mas nada nunca é fácil no caminho do herói. Além de evolução em técnicas marciais, ele teria que encontrar um crescimento muito maior. Aquele que é a base das artes marciais, o amadurecimento do espírito, a paz interior.

Treinar para não lutar, praticar para proteger.


Com uma mescla de drama e artes marciais, o filme nos apresenta personagens que não só são bem desenvolvidos, como também evoluem durante a trama. Nós sentimos na pele as suas dores e angústias, brilhantemente transmitidas pelo elenco de atores, que parecem bem a vontades em seus papéis. Já a direção peca em muitos momentos, quando escolhe ângulos confusos, que necessitariam de melhores explicações visuais. Além dos saturados slow-motions, em algumas cenas de ação, que são terríveis. Sorte que são poucos e passam rápido, apesar de serem "slow-motion".
 
Ah, as lutas... 

Fiquei impressionado com a porradaria do filme. Ao mesmo tempo realista e fantasioso, as técnicas mostradas são incríveis. Quando Choi Bae-dal parte pelo Japão inteiro, desafiando todas os dojos de artes marciais, é que o filme alcança o seu ápice. É pancada estilizada e crua para tudo quanto é lado. É Karate x Judô, Kempo, etc. Ele vai contra todos estilos.
Também pudera, após passar 3 anos treinando isolado nas montanhas, ele tinha mais é que sair na mão com geral para provar que é o melhor. Treinamento, que por sinal, fez os treinos do Rocky Balboa parecerem coisa de criança. Doeu até em mim as pancadas nas árvores, pedras e tudo que estivesse ao alcance dele. Psicopata total.

Filme obrigatório para aqueles que são amantes das artes marciais e que também não dispensam profundidade no roteiro. Uma história que atinge a todos os gostos.


Treininho leve, só para aquecer.

3 comentários:

  1. Tenho esse filme e já o assisti várias vezes. Adoro, de verdade...

    As lutas são de fato a melhor parte. Só achei que exploraram muito pouco a verdadeira história do Sosai Masutatsu Oyama, fundador do Kyokushin; baseando-se na mágoa que o povo coreano nutriu após trinta e seis (cruéis) anos de invasão (e supressão) Imperial Japonêsa durante a Segunda Guerra.

    Os filmes de luta asiaticos estão dando muito trabalho as concorrentes americanas, pois, nem mesmo o filme precisa ser muito bom se as cenas de ação o salvam, vide os tailandeses Ong-Bak, Chocolate e Toom Yum Goong...

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  2. Entendo perfeitamente o seu ponto. E de certo até concordo. Mas temos que nos ater ao fato que é praticamente impossivel mostrar toda a rica história do verdadeiro Oyama em um filme. Em primeiro lugar tem que vir a obra cinematografica fechada, visando atingir o maior número de pessoas. Tanto que a unica menção dele lutando contra um touro, algo que o tornou extremamente famoso, é na ultima cena... gostei da homenagem.

    Quantos aos filmes de ação asiaticos darem um banho nos americanos, concordo plenamente. Só o fato dos atores saberem lutar ja é um grande diferencial. Alem da direção nesse tipo de filme é do jeito que deve ser feito, ao contrario dos de hollywood, que se baseiam em corte de cena atrás de corte de cena nas lutas. É edição demais para suprir a falta de talento marcial, fica feio e falso.


    Abraço.

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  3. As cenas de treinamento são realmente impressionantes e tornam aquele homem comum em um lutador lendario,

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